Mochileiro ao extremo sul

Mochileiro ao extremo sul

Início da viagem     03/01/2011       
Praia grande -----Iporanga (SP)


Depois de passar a virada do ano na Praia Grande, litoral de São Paulo, seguimos nosso roteiro de viagem rumo ao sul do Brasil.



    


Peruíbe é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional.
Caminhamos ate a rodoviária debaixo de chuva, entrei numa loja e comprei uma capa para me proteger.
 
Ficamos esperando nosso ônibus e quando chegou a hora marcada no bilhete, nada do tal ônibus chegar. Ficamos varias horas sentados sem fazer nada, ate que a moça do guichê nos disse que o ônibus não passaria la. Sem saber o que fazer, ficamos mais de 2 horas esperando e nada de resolver. Ela nos ajudou trocando o horário da passagem e conseguimos embarcar depois de 2 horas.
Chegamos a cidade de Registro e descemos na rodoviária apenas para comprar outra passagem. Dessa vez o ônibus chegou na hora certa.
Já na cidade de Eldorado, o relógio marcava 11 horas, encontramos uma lanchonete aberto e pedimos pasteis para matar nossa fome.
Antes de parar para lanchar procuramos alguma pousada que fosse baratinha, mas encontramos uma que cobrava R$35,00 com café da manha. Meu primo não quis ficar, pois ficaríamos ate as 5 da manha, o nosso ônibus passaria as 6 horas para Iporanga. Então resolvemos passar a noite na praça da cidade, pois o vigia de uma escola afirmou que não teria problema.


 
Foi uma noite bem tranqüila, amarrei minha rede na arvore e fiquei ali cerca de 2 horas.




Quando faltava pouco para o ônibus passar, ficamos sabendo que aquele ônibus das 6 horas, havia mudado para 12 horas. Sem saber o que fazer nessa hora, tentamos pegar carona, mas não conseguimos, a nossa sorte foi que uma Van estava de saída para Iporanga e conseguimos chegar, apesar de ter perdido tempo, foi bem legal a viagem.


Os primeiros vestígios de ocupação "branca" em Iporanga ocorreu em 1600 sendo que só veio a ser habitada em meados de 1650, com a exploração do ouro, e ai se deu a formação do garimpo de Santo Antonio. Iporanga teve a fundação oficial do arraial, no ano de 1755, e teve seus primeiros traços na história a partir de 1650 em registro de terras com o nome de Upuranga.

Situada no coração da mata atlântica, Iporanga é cercado por Unidades de Conservação, dentre as quais se destaca o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR, que com cerca de 35.712 hectares abriga o valioso patrimônio natural, composto por sítios espeleologicos, paleontológicos, arqueológicos e históricos além da grande diversidade biológica característica da Mata Atlântica preservada em toda sua extensão. Em 1999 essa região foi reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.

Passamos a noite, num hotel 5 estrelas, que nos custou R$10,00 por pessoa.
A noite foi de chuva e logo precisei arrastar minha cama para o lado, havia uma cachoeira bem em cima de mim, sem falar do banho frio e privada entupida, teias de arranha no teto e mofo por todo lado. Deu-me uma saudade da Praça de Eldorado.
No dia seguinte pegamos o ônibus que nos levou ate o bairro da Serra.

Em poucos minutos, chegamos ao vilarejo, situada no coração da mata atlântica, Bairro da Serra era pequenina e aconchegante. Ficamos hospedados na pousada da Tammy, onde era o único lugar que aceitava passar o cartão.

No dia seguinte, seguimos ate a agencia de turismo e logo fomos avisados que não era permitida a entrada no parque de bermuda, então tivemos que correr ate a pousada e colocar uma calça.
A Ana seria nossa guia, muito simpática e adorava contar historias.



Tiramos altas fotos no escuro das cavernas, meu primo ficou muito feliz por que nunca havia visitado um núcleo de cavernas desse tipo. Nem Eu!
Passamos o dia inteiro visitando outras cavernas e paramos numa cachoeira, mas ninguém quis enfrentar o frio dessa cascata de águas geladas.

O dia já estava chegando ao fim e o passeio pelas cavernas havia terminado. Nossa guia seguiu para a cidade e agente ficou esperando o carro da agencia nos buscar como havia combinado, logo mas tarde começou a chover e nada do carro chegar, então resolvemos seguir caminhando de baixo de chuva, por nossa sorte estava com a capa que comprei e não molhei nada.
Logo à frente o carro apareceu e pronto, chegamos à pousada e tomamos um belo de um banho.
Tammy ficou conversando com agente sobre a vida que ela leva ali. Adora aquela vida tranqüila sem trânsito de cidade grande e corre, corre.

CAVERNAS DO PETAR
Localizado no sul do Estado de SP, entre as cidades de Apiaí e Iporanga, está o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira). Parque com mais de 300 cavernas, dezenas de cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas, sítios arqueológicos, paleontológicos... é realmente um verdadeiro paraíso escondido entre vales e montanhas e na maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil.




06/01/2011
Iporanga ----- Curitiba (PR)





A viagem até Curitiba foi bem tranqüilo, saímos bem cedo depois do café na pousada da Tammy e seguimos para Apiaí, onde conhecemos um pouco da cultura local.

Pegamos o ônibus por volta do meio dia para a grandiosa cidade de Curitiba, foi uma viagem um pouco cansativa, pois o ônibus não parava de balançar pro um lado e por outro pelas inúmeras curvas da estrada, até uma senhora passou mal e precisou ser socorrida.

Chegando à rodoviária de Curitiba a senhora já estava bem melhor, foi apenas um susto e ao sair ela agradeceu ao senhor que a socorreu. 




 Depois do reconhecimento, passamos na estação de trem e compramos as passagens para Morretes. Logo depois, telefonei para o Nilson, um amigo que conheci através do Valdo, um cicloturista que depois de realizar viagens pelo Brasil e America latina com sua bicicleta, escreveu três livros onde 2 livros Nilson participa, pra falar a verdade eu comprei os livros através de sua sobrinha Mara que também mora em Curitiba. Depois de ler eu achei Nilson no MSN e Orkut e deste então agente tem conversava sobre aventuras de ciclo.

Mara é sobrinha do Valdo e acompanhava diariamente sua viagem pelo Brasil.



Assim que telefonei para casa dele, falou que em poucos minutos o Jackson estaria la pra nos acompanhar, ficamos esperando mais de horas e nada dele chegar e de novo resolvi ligar, falou que o amigo já estava a nossa procura, mais que engraçado, avisei  que estaria esperando em frente a estação do trem que fica atrás da rodoviária, um ótimo lugar pra esperar. Ao sair da rodoviária encontramos o Jackson e logo riu de nós perdidos em Curitiba (risos...), atravessamos a rua e pegamos o ônibus que cruzou toda a cidade ate o bairro onde mora o Nilson. Depois de 40 minutos chegamos ao prédio do grande Nilson.

Valdo na sua bike.

O Junior ajudou o Jackson a instalar a nova TV LCD do Nilson, em quando ele preparava o rango conversamos sobre a viagem que havia realizado com o Valdo e suas próprias aventuras. Ele tem uma loja de bike próximo a sua casa, uma oficina e peças em geral. Quando sobre tempo disponível, pega sua bike e fixa os alforjes e some por essas estradas desbravando o desconhecido.





Agora vamos falar sobre a cidade, Jackson nos deu um conselho de pegar o ônibus turístico que percorre todos os principais pontos turísticos da cidade, uma ótima idéia. Quando chegamos ao centro resolvi procurar a Mara que trabalhava num shopping, não foi difícil achá-la. Mara me reconheceu logo de cara e me deu um forte abraço e minutos depois chegou sua filha que trabalhava junto com ela. Deixamos combinado de sair a noite para comer pizza, (oba).

Pegamos o tal ônibus turístico de dois andares e pudemos desfrutar desse passeio de 1º classe. Muitas fotos foram tiradas.







Curitiba


O Museu Oscar Niemeyer é um dos maiores complexos de exposição do Brasil, com cerca de 16 mil m² destinados a obras de arte. Conta com diversos ambientes, incluindo um auditório para 400 lugares, café e espaços de lazer.





Fundada no século 17, Curitiba tornou-se uma metrópole exemplar em vários aspectos. Seus habitantes possuem uma  preocupação constante com as áreas verdes, as tradições culturais dos imigrantes europeus e a qualidade de vida. 








O Jardim Botânico


O Jardim Botânico de Curitiba foi inaugurado em 1991, com uma área de 245 mil m². Seus jardins geométricos e a estufa de três abóbadas tornaram-se um dos principais cartões postais de Curitiba.

A estufa abriga plantas características da floresta atlântica do Brasil. Sua arquitetura, em estrutura metálica e estilo art-noveau, foi inspirada em um palácio de cristal que existiu em Londres, no século XIX.





O Centro Histórico concentra várias construções dos séculos XVIII e XIX, em estilo colonial português. Arquitetura contemporânea é encontrada principalmente no Centro Cívico e nos bairros residenciais.

Criatividade premiada internacionalmente em soluções de urbanismo. Curitiba exporta tecnologia de transporte urbano e é exemplo para outras capitais.





A Universidade Livre do Meio Ambiente

A Universidade Livre do Meio Ambiente, Unilivre, é uma sociedade civil sem fins lucrativos. Um espaço para transferência de conhecimentos sobre o meio ambiente e ecologia, para a população. Uma referência em estudos de preservação de ecossistemas, economicamente sustentáveis.

O Parque Tanguá

O Parque Tanguá preserva áreas verdes próximas à nascente do Rio Barigüi. Possui dois lagos e um túnel artificial que pode ser visitado de barco ou à pé.



O conjunto do parque inclui, também, um mirante, ciclovia, pista de Cooper e lanchonete.







08/01/2011
Morretes
É uma cidade famosa por seus restaurantes, que vendem um prato típico da região chamado Barreado. Infelizmente não pude experimentar o tão famoso prato, a cidade também possui muitos casarões antigos bem preservados, suas ruas e praças são bem arborizadas e limpas.
Chegamos a Morretes de Trem, o Expresso Serra do Mar, foi um passeio fantástico com paisagens incríveis, natureza abundante e preservada.

A linha de ferro Serra do Mar liga a capital com seu litoral paranaense, chegando ao porto de Paranaguá.
No meio do passeio de trem uma menina ficou presa no banheiro e não conseguiu abrir a porta e passou quase todo o passeio preso sendo que ninguém conseguia salva-la, foi uma cena triste, pois a garotinha começou a chorar e estava perdendo todo o passeio que era pra ser emocionante. Depois de algum tempo o pai da garotinha conseguiu abrir a porta e ela foi salva, graças a Deus deu tudo certo.
Depois de passear pela cidade pegamos um ônibus para Paranaguá, não muito longe e bem tranqüilo a viagem.
Chegamos à cidade histórica de Paranaguá datada da primeira metade do século XVI, tem em sua função principal a de porto escoador da produção do Paraná que o interliga a todas as demais regiões, bem como a outros estados e ainda ao exterior.






Mais uma vez caímos na estrada rumo à cidade de Joinville, atravessamos a baía
Guaratuba de balsa, conhecido como ferry boat.



A travessia virou uma atração turística, tanto para brasileiros como para visitantes de outros países.
No fim da tarde chegamos à famosa cidade de Joinville.

Poucos minutos depois fomos procurar uma pousada e resolvi ligar primeiro para o Hostel, o albergue da juventude, fui surpreendido pelo valor alto, R$ 45 com a carteirinha, então resolvemos ficar na pousada perto da rodoviária que estava bem mais barato e melhor ainda ficamos em frente a um super mercado, onde passamos para fazer um belo de um lanche.

Um pouco da historia da cidade.



Município mais populoso de Santa Catarina é o pólo econômico e tecnológico do estado, tendo um grande parque industrial que conta com as maiores empresas no ramo Metal-mecânico do Brasil. Atualmente o município tem uma população de 515.250 habitantes em 2010, segundo dados do IBGE sendo a terceira maior cidade do sul do Brasil.

"Cidade das Flores”
"Cidade dos Príncipes"
"Cidade da Dança"
"Cidade das Bicicletas"
"Manchester catarinense"


10/01/2011

Beto Carrero. (Penha-SC)

Saímos de Joinville e seguimos para o Beto Carrero que fica na cidade de Penha, não muito longe de onde nos hospedamos, seguimos um conselho do nosso amigo Marco Antonio de Joinville de ficar em Piçarras, ao lado de Penha, basta travessa a ponte e estamos na cidade do Beto Carrero.

A pousada em Piçarras foi bem baratinha pra 2 dias, sem direito a  café da manha, mas não importava, sendo um preço razoável da pra nos.

Achei um chinelo antes de chegar à pousada, estava mesmo com sorte.





Aproveitamos o fim da tarde na praia de piçarra, a água é um pouco mais escuro do que a praia Paulista, mas foi ótimo poder cair nesse mar gelado de Santa Catarina, são momentos marcantes numa viagem dessas.

Uma cena engraçada foi à hora que resolvi telefonar para casa de um telefone publico, não consegui achar um telefone que estivesse funcionando, o Junior achou até engraçado, pois caminhamos a praia todo e nada de telefonar pra casa, o relógio já marcava 22 horas e ficava preocupado em dar noticias, depois do 15º telefone quebrado consegui achar um que estava em estado ruim mais funcionava.


O Parque

Não existe no Brasil um exemplo melhor para ilustrar a máxima “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez” do que a história de João Batista Sérgio Murad, o nosso Beto Carrero.


Menino pobre, nascido no interior do estado de São Paulo, o menino João Batista sonhava em ser o Zorro brasileiro e trabalhar em um parque de diversões. Mal sabia ele que seus humildes sonhos se transformariam com os anos, e que ele construiria o maior parque multi-temático do mundo! Foi músico sertanejo, apresentador em shows de rádio, vendedor de anúncios. Construiu com seu empreendedorismo e incansável força de vontade uma agência de propaganda que chegou a ser uma das 20 maiores do Brasil. Foi nessa aventura pelo mercado publicitário e editorial que nasceu o personagem Beto Carrero, uma homenagem ao pai conhecido como Alexandre Carrero, dono de um carro de boi na sua cidade natal. E é com essa alma de sonhador que Beto Carrero se transformou no herói que milhares de crianças querem ser.



 A diversão estava garantida no Mundo Fantástico de Beto Carrero, dois dias de pura diversão sem hora pra acabar, tivemos ate um pouquinho de chuva mais isso não atrapalhou nossa diversão no mundo de fantasias.

Nosso próximo destino era Florianópolis, chegamos à rodoviária e logo fomos ao guichê para deixar nosso próximo destino mais ou menos decidido. Estamos em duvida de Urubici ou Praia Grande já na divisa do estado, optamos pelo Urubici que fica nas montanhas geladas de Santa Catarina.